quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Desejos

Hoje me afloraram os desejos. Desejos dos mais variados que se podem ser sentidos. Tive hoje, mais do que nunca, vontade de você. Vontade do teu cheiro, da tua roupa, das tuas cores e da tua voz. Desejei o teu perfume, assim, bem perto de mim. Quis o teu calor, sentido pela minha pele. E aquelas tuas mãos, eu quis nas minhas. Senti um desejo intenso dos teus olhos, olhando nos meus, tão brilhantes, bem fundo, quase como uma declaração.
Hoje te desejei como nunca. Com toda a força. Toda a vontade. Quis-te em notas musicais, em poemas, em versos, em rimas, em palavras, em letras. Quero-te, até mesmo, em silêncio. Almejei uma noite estralada, tendo a areia da praia, tão fria, como cama. E pra esquentar, a tua companhia. E nesta mesma noite, te ver adormecer, tão tranqüila, como se nunca pudesse ser alcançada. E admirar cada traço do teu rosto, cada linha da tua boca. Cada sinal.
Quis, hoje, mais do que ontem, apresentar-te pros meus camaradas, podendo, com orgulho, dizer “eis a minha namorada”. Quis, ainda, poder te mandar flores, assim, só por mandar. E receber um sorriso que me faria levitar. Quis um abraço que até hoje não pude dar. Quis o sentimento que até hoje está a aguardar.

Desejei poder te ver só por ver. E, quem sabe, ter a sorte de escutar um “to com saudade!”, que com a minha alma iria mexer. Quis a tua boca roçando na minha nuca. O teu nariz encostado no meu. Quis, ainda, uma briga de casal. Dessas que todo mundo tem, de vez em quando. Só pra poder, no final, fazer as pazes te abraçando.

Tive vontade de te ver franzindo a testa, morta de ciúmes de uma amiga qualquer. Pra que depois, com um sorriso no rosto, eu te confessasse que pra mim, és tu a única mulher. Mas, mesmo assim, hoje, sobre todos os desejos que me vieram à tona, quis mais do que nunca ser teu. Pra que, desse modo, fosses minha. Hoje tive vontade dos teus beijos. Bem mais que ontem. Infinitamente menos que amanhã. Desejo a tua coragem. Desejo que vejas a realidade. Um desejo puro. Um desejo nu.

Desejo não desejar mais nada que não sejas tu...


Esse foi escrito há tempos atrás, para alguém que ainda hoje me provoca taquicardia.

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