quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Poema.

"Foram-se os amores que tive
ou me tiveram:
partiram
num cortejo silencioso e iluminado.
O tempo me ensinou
a não acreditar demais na morte
nem desistir da vida: cultivo
alegrias num jardim
onde estamos eu, os sonhos idos,
os velhos amores e seus segredos.
E a esperança - que rebrilha
como pedrinhas de cor entre as raízes."

(Secreta mirada, 1997)

Gosto de poemas. Não só pela métrica, pelas rimas ou neologismos.
Gosto, acima de tudo, do que me lembram. Este um, precisamente, me chega carregado de nostalgia.

E viva o saudosismo!

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