sexta-feira, 19 de junho de 2009

Férias, urgentemente.

Uma praia. Uma viagem. Uns amigos. Umas férias!
Uma bola de futebol. Uma travinha (duas!). Uns óculos escuros.
Um protetor solar. Uma noite na praia. Uma música boa.
Um rock. Um eletro. Um pop. Uma mpb. Um reggae.
Um sol. Um vento. Um cheiro de maresia.
Um gosto salgado na boca.
Uma prancha. Uma onda. Um surf.
Umas árvores. Umas sombras. Umas frutas.
Um churrasco. Um tacacá. Uma feijoada.
Um show. Uns pés descalsos. Um monte de areia.
Uns cabelos molhados. Um riso. Uma risada.
Uma gargalhada.
Uns biquines. Umas mulheres. Uma bela encrenca!
Uma bela. Uma japa. Uma japa bela.
Uma namorada!
Um café com leite. Um suco. Um vinho.
Uma cerveja! (aaah, uma cerveja!!!)
...
Aaai umas férias!

_

P.S.: eu já seeei que não dá pra comentar, cara!
então, se você quiser comentar... fique na vontade! :D

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Versos

"Foram-se os amores que tive
ou me tiveram:
partiram
num cortejo silencioso e iluminado.
O tempo me ensinou
a não acreditar demais na morte
nem desistir da vida: cultivo
alegrias num jardim
onde estamos eu, os sonhos idos,
os velhos amores e seus segredos.
E a esperança - que rebrilha
como pedrinhas de cor entre as raízes."

(Secreta mirada, 1997)


Sem motivo especial, são versos que eu gosto.
Combinam comigo, minha vida, minhas pedrinhas.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Breve Reflexão - charme

Outro dia parei um pouco pra sentir o mundo. E reparem que não digo "analisar", "olhar" ou "refletir sobre"... nada disso me traria conclusões que fizessem algum sentido. O mundo anda estranho, com o rumo que tomou. Não consigo (e nem quero) acompanhar os novos passos.
O mundo de hoje: um lugar onde o romantismo já não é mais praticado, tampouco é considerado uma qualidade. Se hoje, numa roda de amigos, onde o assunto principal (seja a época que for) é sempe o mesmo, mulheres, você conta garbosamente sobre às flores que comprou à sua companheira, ou ainda sobre como tão bravamente resistiu à tentação daquela mulher exacerbamente farta de volúpias, com certeza você vai ser a chacota do dia, do mês ou até mesmo do ano (dependendo do nível de "gostosura" da mulher).
Que me chamem de retrógrado, mas o mundo sem charme não é o que eu desejo. Prefiro viver assim, no meu mundinho só, mas cheio de charmes e devaneios, suspiros e flores com cartões, poesiase acalantadas declarações. Meu mundo, pra mim, é ideal, e eu sei que não vou viver nele sozinho pra sempre, afinal alguém um dia há de ter bom senso!
Vida boa era a dos velhos tempos, onde se achavam com facilidade os malandros, os boêmios, os românticos... aqueles sim, eram bons exemplos.
Às vezes (quase sempre), sinto que nasci na década errada, a nostalgia das épocas que nem vivi me acomede de tempos em tempos. É como disseram uma vez "tenho uma alma muito prolixa e uso pouco as palavras" (C. Lispector), minh'alma tem muito pra falar, tanto que é impossível (e desnecessário) pro corpo acompanhar, é preciso sentir.
Não gosto desse mundo sem charme que a gente sente hoje. Prefiro o meu, e quem quiser me acompanhar, que seja bem-vindo.

Vivre la vie avec charm

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Apocalipse

Foi então que, mesmo que em parte esperado, aconteceu! O meu mar incendiou-se, entrou em chamas negras e e gélidas. E todo aquele resplendor que um dia se viu naquele infinito espelho d'água, cintilava em trevas.
O meu anjo tocou a trombeta, fazendo com que aquela grande bola de fogo negro explodisse dentro do meu mar - onde eu nunca pude me afogar. Chegaram os lobos, voando sobre as chamas, depois de dilacerar os leões que me guardavam, e guardavam o meu oceâno. Me olharam na alma, que exalava esperança há tanto tempo que já nem lembrava mais o gosto de outro sentimento qualquer, senão aquele. E o meu único sentido levaram dentro dos olhos, sem qualquer piedade. Foi-se embora com eles a esperança, a alegria, a alma e o amor, restando em mim somente a concha vazia que se tornou o meu corpo, talhada em azeviche.
O Apocalipse chegou, e aquele que outrora fora meu maior deleite - o meu mar transparente, o meu amor, a minha alma - me foi roubado. E nas mãos não tenho mais armas pra lutar contra os lobos e seus meteoros de fogo e trevas. Sobraram-me alguns cigarros e uma garrafa de conhaque, pseudo-analgésicos pra quem adquire câncer na alma.
Da praia de onde eu admirava meu mar diariamente, agora sentamos eu, um conhaque e um cigarro, olhando sem ver o oceano de fogo preto que hoje restou. E Esperando o dia em que os lobos voltem pra levar a concha vazia que esqueceram na beira da água.
E o mundo acabou.

Apocalipse 8:8-9 "O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue, e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações."

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Breve Reflexão - amores

Eu nunca entendi a quê as pessoas se referiam quando falavam num amor único. A gente não ama só uma vez, não só uma pessoa. Não quero entrar no mérito dos amores aparentados – pai, mãe, irmãos, vovó, vovô, cachorro, gato e correlatos. Mas amor, Amor mesmo.

É meu ponto é esse: a gente não ama só uma vez, ama quantas puder. Quantas o coração deixar. O mundo é muito grande, não dá pra conceber a idéia de que entre tantos bilhões de pessoas só exista uma que se encaixe no que a gente quer... Pensem bem. A vida é feita de encontros e desencontros, a gente pode amar, odiar, depois amar de novo, é só se permitir. Vive feliz quem ama muito, nesse caso a quantidade fica até paralela com a qualidade. Ame. Ame muito. Ame quem quiser ser amado, deixe-se amar.

Só não espere que as pessoas sejam perfeitas, ninguém é. Todo mundo vai te machucar um dia. E você ainda vai machucar algumas pessoas... mas são ossos do ofício. Não perca a sua existência em busca da pessoa ideal, ela não vai aparecer. Como eu costumo dizer, existem três tipos de pessoas: eu, você, e as outras.

As paixões embelezam a vida, deixam-na mais colorida, em tons de rubros. Bochechas coradas, lábios cansados. O suor te faz bem, junto com a taquicardia. Deixe o termômetro de lado, esqueça a temperatura saudável. Queime de febre!

O amor é um só, mas pode aparecer em muitos rostos... em muitas almas. Cabe a você aproveitar o melhor de cada um.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Sentimental



Pensem numa pessoa depressiva vendo esse show via internet!

E até que tava indo bem, na medida do possível... mas tem pessoas que simplesmente não sabem o que querem da vida.
Isso é a vida, meus caros.

Cabeça erguida.

Eu disse, e nem assim se pôde evitar...

domingo, 8 de março de 2009

A mulher ideal

Idealistas, hoje em dia, são (somos) uma raça em extinção. Não somente pelo fato de que todo mundo só pensa no seu lado da história, mas também porque ideais não existem. É, era o que eu achava, principalmente quando pensava em como poderia ser a mulher perfeita.

Ah, mas isso era justificável, afinal o meu estereótipo daquele ser perfeito seria uma mulher que deveria – necessariamente – ser agradável, que tivesse palavras doces, certas, corretas e bem colocadas; deveria ser, ainda, amigável, sabendo dividir risadas sempre, mesmo nas situações demasiadamente inesperadas, ou tristes; tinha, obrigatoriamente, que ser alguém que te fizesse sentir bonito, elegante, charmoso ou ainda – e mais importante – especial de algum modo.

Ela deveria ser bonita também, porque a beleza pode não ser primordial, mas com certeza ajuda bastante! Precisaria ser independente, mulheres modernas tem um chamativo irresistível aos olhos de qualquer homem que sabe o que quer.

A mulher ideal tinha que ser um desafio, acima de tudo. Os desafios te prendem, te fazem perder a cabeça, não perder o foco!

E então, qual é o ponto chave disso tudo?

...

Percebi, minha cara, que estereótipos existem para ser derrubados. Fazer descobertas como essa são o grande prazer da vida. E este eu derrubei quando percebi que o desafio não está em achar a mulher que se encaixa nos seus planos. A mulher ideal é aquela que destrói eles todos, te tira o chão e te leva pro céu. A mulher ideal te tira do plano cartesiano, ela te faz voar.

A mulher ideal é aquela que você deixa ser. A mulher ideal pode, até, ser você!

Não é à toa que elas têm o seu próprio dia.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Descoberta

Hoje acordei com a impressão de que não era um dia comum aquele que estava por vir, e são nessas horas que eu gostaria de estar errado – como quase sempre estou. Olhei para o espelho, mas meu rosto parecia diferente. Algo duro naqueles traços de barba mal feita me pareceu estranho, e aqueles meus olhos, que antes tão castanhos e felizes foram, pareciam frios. Congelados. Duma palidez quase cinza.

Então foi que percebi. Havia mudado alguma coisa, sim. Mas não só no rosto. Aquele frio era o meu gelo. Aquele das paredes que me guardavam da vida. E confesso já não querer mais viver sem elas. Não por falta de coragem, esta eu já tive muita, mas por falta de esperança – a qual também já me acompanhou por muito tempo, mas a deixei de lado. Sim, abandonei-a. A caminhada do lado da esperança é mais dura, ela te faz acreditar que a vida pode ser mais doce, quando o que te toca a língua e o gosto podre da realidade.

Acho até mesmo que essas duas andam mancomunadas, a vida e a esperança. Sim. Pensem bem como os caminhos que a vida te força a seguir te fazem dar a luz às esperanças mais absurdas possíveis. Como por exemplo, quando te coloca no caminho de um alguém especial. Alguém que te completa. Alguém que te gosta. Alguém que o mundo – e a própria bandida da vida – sabe que é teu por direito, mas te priva do poder de tê-la junto a ti. O motivo nem importa, ele pode vir manifesto das mais diversas formas. O que faz a diferença é quando a esperança aparece e te faz pensar que aquela pessoa pode ainda ser tua. Mesmo sendo irracional o fundamento pra isso. Mesmo que este nem exista. A esperança te faz vê-lo. É como se ela te fizesse ficar cego, mas ao contrário.

É. É isso, mesmo. Minhas paredes formaram um castelo inteiro. Fiz a minha descoberta: meu castelo de gelo foi a vida quem construiu, com tijolos de esperança e cimento de decepção.

Soraya e eu

Soraya foi sempre uma mulher e tanto. Daquele tipo exótico, que de primeira, a gente nem repara, mas depois, nem se compara. Lembro daquele primeiro dia de aula – quente como sempre o é – depois de dormir a primeira aula toda, reparei aquela presença nova por entre os meus colegas de turma. Era uma menina bonita, mas com uma beleza comum. Nem reparei que ela estava sentada à terceira cadeira, com certeza era uma "delas".
O problema é que a gente sempre erra, um dia ou outro. Aquele era o meu. Descobri isso quando resolvi – sabe-se lá o porquê – sentar atrás dela. E me veio o sorriso. O sorriso mais lindo de todos, com os incisivos inferiores milimetricamente encurvados, os superiores muito bem alinhados, envoltos por lábios pequenos e rosados. Um sorriso sincero, simples. Irresistível. E conversamos, conversamos, conversamos. Ela permaneceu pouquíssimos dias em minha sala, para o meu desgosto.
Nos vimos pouco, conversamos muito. O tempo passou, e com ele me veio a percepção da beleza que tinha aquela mulher, não pelo que os outros viam nela, mas pelo que ela se permitia mostrar aos outros. E mostrou-me sua beleza mais profunda, que ia além daqueles cabelos castanhos, lisamente ondulados, que encobriam a boca pequena, um nariz que – até então – guardava um ossinho desviado (o que dava um charme e tanto) e os olhos castanhos, profundos, sinceros e sedutores demais para mim.
Soraya mostrou-me a beleza da alma que tinha, com palavras doces, conversas confortáveis, mensagens à noite, saudades constantes e a amizade – que eu nunca quis que existisse por si só.
Tenho a certeza de já ter conhecido mulheres e tanto antes, mas depois de Soraya, todas me pareceram sem-graça, sem sal ou açúcar, sem chilli. É o tipo de mulher que marca, deixa tatuado na alma o seu nome.
Inteligência. Carinho. Beleza. Sabedoria. Amizade.
É, Soraya sempre foi a combinação ideal. E acreditem, ela existe!

Brincadeiras

Eram amigos, ela e ele, já havia algum tempo. E aquele ar de romance já, há muito, não se notava mais – pelo menos era o que pensavam. Costumavam conversar, esporadicamente, como sempre faziam: ele cheio de galanteios, e ela armada de rodeios – daqueles sórdidos, puro charme!
Resolveram, então, brincar de se gostar.
E brincaram de gostar. Brincaram de beijar. Brincaram de sentir ciúme. Brincaram de fazer carinhos. Brincaram de ser cúmplices. Brincaram de ser amigos. Brincaram de não imaginar-se sem o outro. Brincaram de brigar, várias vezes. Brincaram de fazer as pazes. Brincaram de amar. Amaram brincar.
E, brincando, o tempo foi-se passando... e os dois naquele jogo. Até que chegou a hora de brincadeira terminar.
Acabou a hora do recreio? Como aquelas duas crianças conseguiriam viver sem a sua brincadeira? Não era nada sério, mas era a primeira coisa que lhes vinha à cabeça quando acordavam, todos os dias, já há tanto tempo.
Enfim, era aquele ar de romance, que antes de começarem a brincadeira, já havia desaparecido, voltou a dar o ar de sua graça... ele não podia parar de imaginar aquela imagem de cabelos pretos envolto em mechas californianas, acompanhado daqueles olhos puxados, seguidos de bochechas fartas e um sorriso pequeno, milimetricamente desenhado. E ela não conseguia esquecer a mão que passeava de seu rosto até sua nuca, enquanto brincavam de beijar, e daqueles puxões leves em seus cabelos que ele costumava dar.
"Então, é hora da brincadeira terminar!" Pensou ele, quando resolveram, os dois, conversar. E a resposta mais sincera lhe iluminou o resto dos dias:
"É! Cansei de brincar de sentir saudade!"

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Arrependimento... fogo!

Sabe aquela sensação de querer voltar no tempo? De estar disposto a trocar tudo – ou pelo menos quase – por uma outra chance?

É, conheça o arrependimento.

Ele pode ser grande ou pequeno, contudo nunca é médio. Não dá pra se arrepender mais ou menos de alguma coisa. Ou você se arrepende muito – mas muito mesmo – ou então só se arrepende, mas nem tem tanta importância assim...

O grande problema é realmente se arrepender e não ter certeza se vai, ou não, poder ter uma outra chance. A incerteza é a mais afiada de todas as lâminas que existem, corta a carne a ferro e fogo, sem nunca cicatrizar.

Arrepender-se pelo que não fez. Pela falta de coragem. De atitude. De autoconfiança.

Não importa qual, o motivo é só o combustível, e o tempo comburente. Calor. Fogo.

Explosão.

O ponto é não deixar acumular comburente. Explodir, definitivamente, não é a melhor das opções.

Conclusão? Simples: arrependa-se, mas não morra arrependido. As chances podem até cair do céu. Se não caírem, bem... crie asas e vá buscá-las.

Um clichê, mas a vida ainda é uma só – até que me provem o contrário!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Desejos

Hoje me afloraram os desejos. Desejos dos mais variados que se podem ser sentidos. Tive hoje, mais do que nunca, vontade de você. Vontade do teu cheiro, da tua roupa, das tuas cores e da tua voz. Desejei o teu perfume, assim, bem perto de mim. Quis o teu calor, sentido pela minha pele. E aquelas tuas mãos, eu quis nas minhas. Senti um desejo intenso dos teus olhos, olhando nos meus, tão brilhantes, bem fundo, quase como uma declaração.
Hoje te desejei como nunca. Com toda a força. Toda a vontade. Quis-te em notas musicais, em poemas, em versos, em rimas, em palavras, em letras. Quero-te, até mesmo, em silêncio. Almejei uma noite estralada, tendo a areia da praia, tão fria, como cama. E pra esquentar, a tua companhia. E nesta mesma noite, te ver adormecer, tão tranqüila, como se nunca pudesse ser alcançada. E admirar cada traço do teu rosto, cada linha da tua boca. Cada sinal.
Quis, hoje, mais do que ontem, apresentar-te pros meus camaradas, podendo, com orgulho, dizer “eis a minha namorada”. Quis, ainda, poder te mandar flores, assim, só por mandar. E receber um sorriso que me faria levitar. Quis um abraço que até hoje não pude dar. Quis o sentimento que até hoje está a aguardar.

Desejei poder te ver só por ver. E, quem sabe, ter a sorte de escutar um “to com saudade!”, que com a minha alma iria mexer. Quis a tua boca roçando na minha nuca. O teu nariz encostado no meu. Quis, ainda, uma briga de casal. Dessas que todo mundo tem, de vez em quando. Só pra poder, no final, fazer as pazes te abraçando.

Tive vontade de te ver franzindo a testa, morta de ciúmes de uma amiga qualquer. Pra que depois, com um sorriso no rosto, eu te confessasse que pra mim, és tu a única mulher. Mas, mesmo assim, hoje, sobre todos os desejos que me vieram à tona, quis mais do que nunca ser teu. Pra que, desse modo, fosses minha. Hoje tive vontade dos teus beijos. Bem mais que ontem. Infinitamente menos que amanhã. Desejo a tua coragem. Desejo que vejas a realidade. Um desejo puro. Um desejo nu.

Desejo não desejar mais nada que não sejas tu...


Esse foi escrito há tempos atrás, para alguém que ainda hoje me provoca taquicardia.

Poema.

"Foram-se os amores que tive
ou me tiveram:
partiram
num cortejo silencioso e iluminado.
O tempo me ensinou
a não acreditar demais na morte
nem desistir da vida: cultivo
alegrias num jardim
onde estamos eu, os sonhos idos,
os velhos amores e seus segredos.
E a esperança - que rebrilha
como pedrinhas de cor entre as raízes."

(Secreta mirada, 1997)

Gosto de poemas. Não só pela métrica, pelas rimas ou neologismos.
Gosto, acima de tudo, do que me lembram. Este um, precisamente, me chega carregado de nostalgia.

E viva o saudosismo!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Caminho

O caminho mais curto entre dois pontos é uma reta. A questão é que a vida não se trata de um simples caminho entre dois pontos. A vida é uma só, e a busca de um ponto certo seria um desperdício infinito das inúmeras opções que todos têm em seus caminhos.
Algumas pessoas se preocupam demais em fazer o que é certo, em fazer alguma coisa pra mudar o mundo, em ter uma atitude que seja notável.
Aí é que está: quanto mais coisas se faz, mais há para ser corrigido. A humanidade é errante. Os erros são belos, são eles que nos fazem aprender.
Aprenda que a vida não é das coisas que você faz, e sim daquelas que você deixa de fazer. A busca pela perfeição jamais terminará, mas é sempre bom tentar cometer o mínimo possível de erros. Concordam?

"
Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,
Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás.
E cada vez menos é feito
até se atingir a perfeita não-ação.
Quando nada é feito, nada fica por fazer.
Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.
E não interferindo."
Tao Te Ching 道德經 (Cap.48) - O Livro do Caminho e da sua Virtude

Declaro este blog, oficialmente, aberto.